O regresso do Festival da Canção
É verdade, a RTP decidiu mesmo trazer o (moribundo) Festival da Canção à ribalta, prometeu-nos um grande espectáculo, capaz de fazer reavivar as nossas memórias de anos passados e projectar o Festival no futuro. Eu confesso que gostei da ideia.
Já em tempos afirmei que era melhor a RTP desistir de vez destas andanças. O Festival da Eurovisão é um concurso de música pop, que se ganha com uma melodia que fique no ouvido logo a primeira e muita, muita promoção. Ora Portugal música pop não tem, e quanto a dinheiro para promoção é melhor nem se falar nisso que estamos embrulhados numa grande crise...
Mas, como bom fã (quase fanático) pelo ESC que sou, lá fui eu para o Centro de Congressos de Lisboa para assistir ao "grande espectáculo" prometido.
Bom, quanto as canções propriamente ditas não vou tecer grandes comentários. Segundo os seus autores eram todas canções excelentes, fruto de não mais do que 5 minutos de súbita inspiração na esplanada de qualquer café, mas que pela suas capacidades intrínsecas acabavam logo ali com o espírito desanimado dos portugueses, falando-nos de amor, paz, de almas novas e coisas que tais.
A minha favorita acabou por ser Bem mais além interpretada pelos Mariafolia. Vestidos de caretos de Trás-os-montes, uma coreografia ruslanica (ou quase) e uma melodia a atirar ao tradicional, eram o equívoco ideal para eu adorar.
Mas o momento alto do show não foram as canções, nem os merdleys, cantados em playback. O momento alto aconteceu realmente no fim do espectáculo com os apupos as vencedoras Nonstop e os gritos a chamar a outra vencedora, Vânia com a canção Sei quem sou(Portugal). Bom pelo menos ninguém atirou garrafas para o palco como na Sérvia & Montegro.
Eu, na minha modesta opinião acho que se todos os concorrentes e respectivos produtores conheciam as regras, ou seja, que seriam os votos do júri a desempatar no caso de duas ou mais canções acabarem com a mesma pontuação, ninguém tem nada que se queixar. Se não queriam participar com estas regras podiam sempre esperar pelo próximo festival. Se por acaso alguém suspeita de alguma irregularidade montenegrina nas votações, então tudo para a esquadra.
Enfim, tanto quanto se sabe em Atenas iremos ser representados pela girlsband Nonstop (descobertas num programa da SIC!!!) com a canção Coisas de Nada (também conhecida como Vem dançar).
Que os fãs se atirem à RTP pelo forma como o desempate foi decidido tudo bem, mas não culpem as pobres raparigas, que apenas fizeram o que lhes foi pedido e que se saiba não manipularam os votos. Elas até desafinaram e tudo...
Seja como for a RTP conseguiu o que queria, um festival à antiga, com claques aos gritos. Só que não estamos em 1974, as Nonstop não são o Paulo de Carvalho, nem a Vânia o José Cid...É pena.
Para o ano há mais, ou talvez não.
Já em tempos afirmei que era melhor a RTP desistir de vez destas andanças. O Festival da Eurovisão é um concurso de música pop, que se ganha com uma melodia que fique no ouvido logo a primeira e muita, muita promoção. Ora Portugal música pop não tem, e quanto a dinheiro para promoção é melhor nem se falar nisso que estamos embrulhados numa grande crise...
Mas, como bom fã (quase fanático) pelo ESC que sou, lá fui eu para o Centro de Congressos de Lisboa para assistir ao "grande espectáculo" prometido.
Bom, quanto as canções propriamente ditas não vou tecer grandes comentários. Segundo os seus autores eram todas canções excelentes, fruto de não mais do que 5 minutos de súbita inspiração na esplanada de qualquer café, mas que pela suas capacidades intrínsecas acabavam logo ali com o espírito desanimado dos portugueses, falando-nos de amor, paz, de almas novas e coisas que tais.
A minha favorita acabou por ser Bem mais além interpretada pelos Mariafolia. Vestidos de caretos de Trás-os-montes, uma coreografia ruslanica (ou quase) e uma melodia a atirar ao tradicional, eram o equívoco ideal para eu adorar.
Mas o momento alto do show não foram as canções, nem os merdleys, cantados em playback. O momento alto aconteceu realmente no fim do espectáculo com os apupos as vencedoras Nonstop e os gritos a chamar a outra vencedora, Vânia com a canção Sei quem sou(Portugal). Bom pelo menos ninguém atirou garrafas para o palco como na Sérvia & Montegro.
Eu, na minha modesta opinião acho que se todos os concorrentes e respectivos produtores conheciam as regras, ou seja, que seriam os votos do júri a desempatar no caso de duas ou mais canções acabarem com a mesma pontuação, ninguém tem nada que se queixar. Se não queriam participar com estas regras podiam sempre esperar pelo próximo festival. Se por acaso alguém suspeita de alguma irregularidade montenegrina nas votações, então tudo para a esquadra.
Enfim, tanto quanto se sabe em Atenas iremos ser representados pela girlsband Nonstop (descobertas num programa da SIC!!!) com a canção Coisas de Nada (também conhecida como Vem dançar).
Que os fãs se atirem à RTP pelo forma como o desempate foi decidido tudo bem, mas não culpem as pobres raparigas, que apenas fizeram o que lhes foi pedido e que se saiba não manipularam os votos. Elas até desafinaram e tudo...
Seja como for a RTP conseguiu o que queria, um festival à antiga, com claques aos gritos. Só que não estamos em 1974, as Nonstop não são o Paulo de Carvalho, nem a Vânia o José Cid...É pena.
Para o ano há mais, ou talvez não.
Este post exige dois agradecimentos: um ao OGAE Portugal que consegui os convites para os fãs assistirem ao evento, outro ao A.G. pela foto das vencedoras da noite.
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